Mapa Mental Dados da Educação Financeira no Brasil
Nesse Mapa Mental apresento um resumo sobre os dados da Educação Financeira no Brasil.
Esse é o Mapa Mental número 99, dos que foram criados no computador com o XMind 8 e compartilhados no canal do YouTube.
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Veja esse vídeo até o final para ver a explicação desse Mapa Mental completo.
Infelizmente, a educação financeira não é uma ferramenta presente na vida de grande parte dos brasileiros.
Para se ter uma ideia, cerca de 45% dos brasileiros não fazem controle financeiro e, dentre os que fazem, mais de 20% utilizam a própria memória para gerir as suas finanças, de acordo com a última pesquisa do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), de 2020.
Sem entender a importância da educação financeira, muitas pessoas sequer conhecem o conceito de investir – e, até hoje, acabam deixando o dinheiro (parado) em um dos tipos menos rentáveis de investimento: a caderneta de poupança.
No início de 2021, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) divulgou a marca de 235 milhões de contas ativas na poupança – número que ainda surpreende os economistas e evidencia uma outra importante questão: grande parcela desse público também não tem conhecimento sobre outras modalidades de investimento mais rentáveis.
De acordo com o Serasa, cerca de 25% da população endividada tem entre 18 e 30 anos, dado que reforça a importância de a educação financeira no Brasil ser pauta na vida de jovens desde muito cedo.
De acordo com dados do Serasa, a quantidade de brasileiros com o nome sujo ou com dívidas atrasadas era de 61,4 milhões ao fim de 2020.
Em 2020, o Ministério da Educação (MEC) tornou obrigatório o ensino de educação financeira nas escolas. Desde então, as instituições de ensino devem atender às novas diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Ainda estamos bem atrasados. No relatório do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2018, o Brasil ficou em 17º entre os 20 países analisados.
No ranking global de letramento financeiro na Pesquisa da Standard & Poor’s, a partir de um diagnóstico com 144 países, o Brasil ficou em 74º, com apenas 35% de sua população apta a responder questões simples sobre o tema.
Embora 64% dos brasileiros afirme pagar suas contas em dia, 56% dos entrevistados assumiram não fazer orçamento doméstico ou familiar, e 69% afirmaram não ter poupado nenhuma parte da renda recebida nos últimos 12 meses.
45% dos brasileiros não controlam as próprias finanças, mostra pesquisa sobre educação financeira do SPC Brasil e CNDL – 2018
31% dos consumidores são inseguros para lidar com dinheiro e 34% deixam de cuidar das finanças por indisciplina. Em vez juntar dinheiro e comprar à vista, 45% optam por parcelar. SPC Brasil lança aplicativo com dicas para melhorar gestão do orçamento
Planejar as despesas da casa, organizar o orçamento de acordo com a receita disponível e não exagerar nas compras impulsivas. O brasileiro até sabe o que precisa ser feito, mas nem sempre coloca a teoria em prática.
Um estudo realizado em todas as capitais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que 45% dos brasileiros admitem não fazer um controle efetivo do próprio orçamento, percentual que sobe para 48% entre as pessoas das classes C/D/E e para 51% entre os homens.
Entre os que fazem uma administração precária do orçamento, 21% confiam na própria memória para gerir os recursos financeiros.
Os que fazem um controle de fato do orçamento somam 55% dos consumidores, sendo o caderno de anotações (28%), a planilha em Excel (18%) e aplicativos no celular (9%) as práticas mais adotadas.
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a disciplina é parte fundamental para uma vida financeira saudável. “Foco e esforço são essenciais para se alcançar uma vida financeira equilibrada. Não importa a ferramenta utilizada para anotar os gastos, importa que o método seja organizado.
Algumas pessoas têm facilidade com planilhas ou aplicativos, outras preferem o velho caderninho de anotações. O importante é anotar e principalmente analisar os registros, de forma que o consumidor identifique onde há sobras e onde o orçamento deve ser ajustado”, aconselha a economista.
O levantamento ainda revela que a maior parte dos consumidores brasileiros garante ser autodidata nos conhecimentos para gerir o próprio dinheiro: entre aqueles que acreditam ter um bom grau de conhecimento para gerenciar suas finanças pessoas, 45% aprenderem sozinhos, enquanto 34% tiveram ensinamentos desde cedo com a própria família.
Os que aprenderam a gerenciar as finanças com o marido ou esposa são 14%, enquanto 9% fizeram um curso e 6% recorreram a algum especialista.
De modo geral, 51% dos consumidores avaliam ter um grau ótimo ou bom para gerenciar seu dinheiro e 48% consideram esse conhecimento ruim ou regular. Além disso, três em cada dez (31%) brasileiros admitem insegurança para gerenciar o próprio dinheiro, contra 46% que se consideram seguros. Outros 23% mostram-se indiferentes.
Mesmo entre os que controlam orçamento, 59% sentem dificuldades na tarefa; falta de disciplina é o maior vilão dos que não têm educação financeira
De acordo com a pesquisa, em cada dez consumidores que controlam seu orçamento, seis (59%) sentem alguma dificuldade ao executar essa tarefa, sendo as principais queixas a falta de disciplina em anotar os gastos e rendimentos com regularidade (26%), a falta de tempo (12%), a dificuldade em encontrar um mecanismo simples de controle (11%) e a dificuldade em fazer cálculos (5%). Os que não sentem dificuldades somam 41% da amostra.
A falta de disciplina também é a principal justificativa para aqueles que não controlam o próprio orçamento, com 34% de menções. Outros 15% não veem necessidade em registrar gastos, fazendo as contas apenas de cabeça, enquanto 11% justificam o fato de terem uma renda que varia de um mês para o outro. Há ainda 10% que admitem preguiça e 10% que não sabem como fazer.
Consumidor anota despesas básicas da casa, mas se descuida das pequenas compras; 57% não planejam o mês com antecedência
Entre aqueles consumidores que fazem um controle adequado do seu orçamento, os gastos de primeira necessidade e de valores mais elevados são os que recebem um tratamento mais cuidadoso. A pesquisa aponta que 92% anotam despesas básicas, como mantimentos, produtos de higiene, mensalidades escolares e contas da casa como água, luz, condomínio e aluguel.
O mesmo percentual de 92% também anota as prestações contraídas no carnê, crediário e cartão de crédito que vencem nos meses seguintes. Outros 85% sempre anotam os rendimentos, como salários, pensões e aposentadorias.
Entretanto, o controle dos pequenos gastos cotidianos e compras não planejadas ainda são deixadas de lado por parte expressiva dos entrevistados.
O dinheiro que poupam dos salários ou investem (24% que não controlam), gastos esporádicos com lazer e beleza (30% que não controlam) e pequenos gastos do dia a dia, como estacionamento, despesas com taxi e com idas para bares e restaurantes, por exemplo (36% que não controlam), ficaram nos últimos lugares do ranking das principais anotações.
No momento de lidar com o controle dos gastos mensais, os perfis dos brasileiros que controlam seu orçamento se dividem: enquanto 43% planejam o mês com antecedência, anotando os rendimentos e o que esperam gastar, outros 35% preferem anotar os gastos no decorrer do mês, verificando posteriormente como ficou o orçamento.
Os que só anotam os gastos depois que o mês termina somam 21% da amostra, percentual que sobe para 25% entre os consumidores da classe C.
69% pechincham na hora das compras, mas 45% costumam parcelar em vez de juntar dinheiro para comprar à vista
Brasil é o 74º em ranking global de educação financeira
Um novo ranking global, que mede o nível de educação financeira de 144 países, revelou que o Brasil está na 74ª posição, atrás de alguns dos países mais pobres do mundo como Madagascar, Togo e Zimbábue.
A pesquisa S&P Ratings Services Global Financial Literacy Survey (Pesquisa Global de Educação Financeira da divisão de ratings e pesquisas da Standard & Poor’s) foi baseada em entrevistas realizadas em 2014 com mais de 150 mil adultos.
Este é um dos mais extensos estudos já realizados sobre educação financeira no mundo.
A pesquisa investigou se os entrevistados de cada país dominavam quatro conceitos financeiros básicos: aritmética, diversificação de risco, inflação e juros compostos.
Para medir o nível de conhecimento nesses tópicos, foram realizadas cinco perguntas cujas respostas são universais e independem da localidade – são questões que não abordam assuntos relacionados ao contexto socioeconômico de cada país, às taxas de juros cobradas em cada lugar ou aos mercados financeiros locais.
Os respondentes eram considerados educados financeiramente quando conseguiam responder corretamente ao menos três das cinco perguntas, desde que as respostas demonstrassem o domínio do entrevistado em ao menos três dos quatro conceitos financeiros básicos estudados.
No Brasil, apenas 35% dos entrevistados acertaram ao menos três dos quatro tópicos abordados.
O país com a população mais educada financeiramente é a Noruega, onde 71% dos entrevistados passaram no teste. Em segundo lugar ficou a Dinamarca, com 71%, e em terceiro lugar a Suécia, com 71%.
Conclusões
De acordo com os resultados do estudo, apenas uma parcela de 33% da população mundial domina três dos quatro conceitos abordados na pesquisa e pode ser considerada educada financeiramente. Isso significa que duas a cada três pessoas, ou 3,4 bilhões de pessoas, têm baixo nível de educação financeira.
A taxa média de educação financeira nos países latino-americanos e no Caribe é de 31%, um pouco abaixo da média mundial.
Outra constatação é que em todos os países existe uma diferença entre os resultados apresentados pelos homens e pelas mulheres.
No resultado global, 35% dos homens passaram no teste, enquanto entre as mulheres o percentual cai para 30%. No Brasil, a disparidade é ainda maior: 41% dos homens são educados financeiramente, ante 29% das mulheres.
Além das mulheres, pessoas com baixo nível de renda também apresentaram resultados piores que a média global. Nos países que formam os BRICs (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), por exemplo, entre a parcela mais rica da população, 31% das pessoas são educadas financeiramente, enquanto entre as pessoas com menor renda, o percentual cai para 23%. O mesmo resultado foi verificado nos países mais ricos do ranking.
De acordo com a pesquisa, adultos que usam serviços financeiros, como contas correntes e cartões de crédito geralmente possuem maior conhecimento financeiro, independentemente de sua renda.
Mesmo entre as pessoas de baixa renda, aquelas que possuem conta bancária tendem a ser mais educadas financeiramente do que as não-bancarizadas. Entre as pessoas com alta renda, aquelas que usam cartões de crédito também apresentam maior conhecimento do que aquelas que não usam.
Essas constatações sugerem, segundo o estudo, que a relação entre o conhecimento financeiro e o uso de serviços bancários pode ser vista de duas maneiras: a maior educação financeira pode levar à ampliação da inclusão da população no sistema financeiro e possuir uma conta bancária ou usar um cartão de crédito pode ampliar o conhecimento financeiro.
A pesquisa também mostrou que o uso do cartão de crédito está se ampliando nos mercados emergentes, mas isso não significa que o conhecimento das pessoas que usam cartões nesses países está aumentando também. No Brasil, por exemplo, 32% dos adultos possuem um cartão de crédito, mas apenas 40% deles são educados financeiramente e só metade entende corretamente o conceito de juros compostos.
A importância da educação financeira
De acordo com o estudo, a educação financeira é uma barreira crítica para a inclusão da população no sistema financeiro e para o acesso a serviços bancários como conta corrente, poupança ou crédito.
Por causa da falta de conhecimento sobre finanças e sobre produtos financeiros, muitas pessoas, especialmente aquelas que possuem baixo nível de renda e as mulheres, são excluídas do sistema bancário.
Essa questão, segundo o estudo, é crítica para o bem-estar financeiro da população e para a economia do país de maneira geral, à medida que pessoas capazes de tomar decisões financeiras sobre questões como poupança, moradia, orçamento e carreira, têm mais condições de usar seu potencial em diferentes áreas de sua vida.
Assim, a pesquisa sugere que o maior nível de educação financeira contribui para a inclusão da população no sistema bancário, gerando maiores oportunidades individuais e, consequentemente, o desenvolvimento do mercado financeiro e da economia do país como um todo.
Fonte:
- https://www.bcb.gov.br/detalhenoticia/200/noticia
- https://crcgo.org.br/novo/?p=9580#:~:text=O%20pa%C3%ADs%20com%20a%20popula%C3%A7%C3%A3o,dos%20entrevistados%20passando%20no%20teste
- https://site.cndl.org.br/45-dos-brasileiros-nao-controlam-as-proprias-financas-mostra-pesquisa-sobre-educacao-financeira-do-spc-brasil-e-cndl/
- https://www.infomoney.com.br/colunistas/thiago-godoy/um-movimento-global-para-expandir-a-educacao-financeira/
- https://www.fundacred.org.br/site/2021/07/27/educacao-financeira-nas-escolas-o-desafio-de-ensinar-
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