Mapa Mental 47/100 – Mercado de Trabalho em 2020
Nesse Mapa Mental, apresento um resumo sobre o Mercado de Trabalho no ano de 2020, falando do panorama geral da economia no período, dados do desemprego e políticas do governo que tiveram que ser implementadas.
Nesse vídeo, eu explico esse Mapa Mental em detalhes:
Em março de 2020, iniciou-se o isolamento social para conter o avanço da Covid-19, que paralisou a economia, com a redução brusca da demanda e restrições de operar do segmento de Serviços, Comércio e Indústria.
De acordo com o relatório da Confederação Nacional da Indústria, Economia brasileira, da Confederação Nacional da Indústria, Brasília (2020), o segmento de serviços foi o mais afetado, o primeiro a ser impactado e o último a reabrir durante a flexibilização das medidas de isolamento.
O auxílio emergencial e o saque emergencial do FGTS ajudaram a recompor parte das perdas de renda da população. Assim, algumas famílias mais vulneráveis até tiveram aumento da renda e puderam aumentar o consumo de bens de consumo não duráveis. Já as famílias de maior renda aumentaram a poupança por precaução ou pela impossibilidade de comprar com o comércio tradicional fechado. De outra forma, isso também aumentou consideravelmente o comercio online.
Um dos efeitos da crise foi a desorganização das cadeias produtivas e o aumento dos preços, pois os setores da economia foram atingidos de forma diferente, o que resultou em interrupções em alguns elos das cadeias. Assim, a Indústria está com falta de insumos e com dificuldade de atender seus clientes.
Outra consequência da pandemia é o impacto no mercado de trabalho. As medidas do governo para a proteção do emprego e da renda foram eficazes. Pode se dizer que a queda no emprego formal foi pequena diante do cenário, mas a perda de emprego dos trabalhadores informais foi maior, por outro lado, estes tiveram a queda de renda sustentada pelo auxílio emergencial.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2020, o desemprego, se refere às pessoas com idade para trabalhar (acima de 14 anos) que não estão trabalhando, mas estão disponíveis e tentam encontrar trabalho. Assim, para alguém ser considerado desempregado, não basta não possuir um emprego, é preciso estar procurando.
Em relação aos programas do governo, o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, por exemplo, viabilizou a celebração de 19 milhões de acordos, que permitiu a conservação de quase 10 milhões de empregos, segundo o Ministério da Economia.
Também foram criadas linhas de financiamento da folha de pagamento e de capital de giro a fim de se evitar o fechamento das empresas.
O Programa Emergencial de Suporte a Empregos (PESE) concedeu mais de R$ 8 bilhões em financiamento, de abril até outubro, quando a vigência do programa se encerrou. É importante destacar que além do objetivo de sustentar a renda do trabalhador, a preservação dos vínculos empregatícios viabilizou a manutenção de boa parte da mão de obra qualificada, o que facilita a retomada mais rápida da atividade econômica e do emprego.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, PNAD Contínua é a pesquisa que mostra quantos desempregados há no Brasil. Nela, o que é conhecido popularmente como “desemprego” aparece no conceito de “desocupação”.
Do início das restrições de circulação de pessoas até o último dado disponível da PNAD-C, em setembro, o País perdeu mais de 11 milhões de ocupações. Assim, o número de pessoas ocupadas passou de 93,7 milhões, no trimestre encerrado em fevereiro, para 82,5 milhões, no trimestre encerrado em setembro.
No entanto, o número de desocupados subiu de 12,3 milhões de desocupados para 14,1 milhões, ou seja, em 1,8 milhões. A explicação para esse descasamento é que a maioria das pessoas que perderam o emprego não procurou se recolocar e foram desconsideradas da força de trabalho. Ou seja, não são consideradas desocupadas. A força de trabalho diminuiu de 106,1 milhões de pessoas, em fevereiro, para 96,5 milhões, em setembro.
Já a taxa de desemprego é a porcentagem de pessoas na força de trabalho que estão desempregadas. Essa taxa, que era de 11,6%, no trimestre encerrado em fevereiro/2020, atingiu 14,6% no trimestre encerrado em setembro, avanço que seria mais expressivo, caso a população desempregada não desistisse de procurar emprego, ou seja, não se retirasse da força de trabalho. Essa é uma das razões razão para o baixo crescimento da taxa de desocupação, é resultado do fato da maioria dos trabalhadores que perderam o emprego não terem procurado uma recolocação.
Se todas as pessoas que perderam o emprego tivessem procurado emprego e não encontrado, a taxa de desocupação teria alcançado patamares superiores a 20%, ao longo do ano, e a taxa média de desemprego, em 2020, ficaria em 19,1%.
A decisão por não procurar emprego está ligada às políticas de distanciamento social e ao auxílio emergencial e seguro-desemprego. Durante o auge da crise, as pessoas não podiam circular e as empresas estavam fechadas. Nesse período, a dificuldade de se conseguir outra ocupação era muito elevada, o que fez com que maioria das pessoas desistisse de procurar emprego.
Além do auxílio emergencial, o seguro-desemprego e o saque emergencial do FGTS reduziram a necessidade de uma recolocação imediata, à medida que proveram renda às pessoas que perderam a renda do trabalho.
A PNAD-C trimestral mostra uma queda de 13,4% do emprego informal entre o primeiro e o terceiro trimestre do ano. Enquanto isso, a queda do emprego formal foi de 8,5% na mesma base de comparação. É importante notar que esse resultado acabou provocando a queda no nível de informalidade no País, que saiu de 42,5% para 41,1% entre o primeiro e o terceiro trimestre de 2020. A queda na informalidade não significa uma migração da ocupação para a formalidade, mas um efeito estatístico em razão da maior redução do emprego informal relativamente ao emprego formal.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 2020, no mercado de trabalho, os efeitos da recuperação, apesar de visíveis, ainda são modestos, e a perspectiva é que a taxa de desemprego ainda aumente antes de começar a cair, devido ao provável aumento da procura por trabalho em 2021.
Nos mercados financeiros, muito em função das expectativas, houve fortes oscilações nos juros, na taxa de câmbio e na bolsa de valores.
Outro impacto da pandemia é o aumento no endividamento público. Os gastos federais para conter os efeitos da pandemia aumentaram a dívida pública.
Para 2021, os próximos passos serão fundamentais para consolidar novo ciclo de crescimento. O número de casos de Covid-19 tem aumentado, não apenas entre os brasileiros, mas também no restante do mundo. A aceleração do contágio aumenta o risco de uma nova freada na economia. As incertezas continuam elevadas e só devem diminuir com a imunização da maior parcela da população.
Fonte:
- Economia Brasileira 2020-2021. Confederação Nacional da Indústria, Brasília, 2020. Acesso em 22 fev.2021.
- Desemprego. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Acesso em 22 fev.2021.
- Visão Geral da Conjuntura. 2020. Acesso em 23 fev.2021.
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