Como entender com um Mapa Mental? – Escola Clássica de Economia
Nesse Mapa Mental, eu apresento um resumo sobre o que é a Escola Clássica de Economia. Você sabe o que é Escola Clássica?
Veja esse vídeo até o final para ver a explicação desse Mapa Mental completo.
Escola Clássica de Economia
Segundo o dicionário do século XXI do professor Paulo Sandroni, a Escola Clássica foi uma linha de pensamento econômico que vai da publicação do livro A Riqueza das Nações, de Adam Smith, em 1776, aos Princípios de Economia Política, de John Stuart Mill, de 1848, e é marcada pela obra de David Ricardo, Princípios de Economia Política e Tributação, de 1817.
A escola clássica foi fundada por Smith e Ricardo e como características, baseou-se na teoria do valor-trabalho, do uso do método dedutivo, do materialismo e da preocupação em simplificar e generalizar as proposições econômicas e de uma visão de conjunto da evolução econômica, além dos preceitos filosóficos do liberalismo e do individualismo e firmou os princípios da livre-concorrência, que exerceram decisiva influência no pensamento revolucionário burguês. A escola clássica também é caracterizada por enfatizar a produção, relegando a segundo plano o consumo e a procura.
Quando estudamos macroeconomia, podemos afirmar que todo período histórico antes de 1936 foi caracterizado, pelo pensamento da escola clássica, isso porque, a partir daquele ano, ocorre o lançamento da obra: A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, de autoria do economista John
Maynard Keynes. Para diferenciar as ideias apresentadas por Keynes daquelas defendidas pelos economistas clássicos, apresentarei uma breve descrição dos pensamentos econômicos da escola clássica, os quais estavam baseados em três teorias distintas, as quais são apresentadas na sequência.
Lei de Say
A escola clássica acreditava no que propunha o economista francês Jean-Baptist Say, que elaborou a Lei de Say também conhecida como Lei dos Mercados. Essa Lei estabelece que a oferta cria sua própria demanda. Impossibilitando uma crise geral de superprodução. Dessa forma, a soma dos valores de todas as mercadorias produzidas seria sempre equivalente à soma dos valores de todas as mercadorias compradas. Assim, a economia capitalista seria perfeitamente autorregulável, não exigindo a intervenção estatal.
Keynes questionou a sua validade nas condições econômicas do mundo moderno, onde não temos mais uma economia baseada no escambo.
Com o uso da moeda, há a possibilidade de adiar decisões de compra, que interrompe as vendas e causa uma retração na demanda, podendo resultar numa crise econômica.
Flexibilidade de preços e salários
Quando nos referimos à flexibilidade de preços e salários em economia podemos imaginar que os agentes econômicos negociam entre si de forma livre e desembaraçada, porém, em diversas fases históricas da economia mundial, observamos que essa situação é difícil de prevalecer em vários segmentos.
Os economistas clássicos acreditavam que os preços e os salários eram flexíveis, no entanto o que verificamos em nossa realidade é que tanto os preços quanto os salários são constantemente controlados.
O poder do governo para administrar alguns preços como da gasolina, gás, alimentos, entre outros, e a força exercida pelos sindicatos, por meio de convenções coletivas e acordos, por exemplo, influenciam no valor salarial. Essas ações fazem com que a flexibilidade não seja perfeita ou até mesmo não exista.
A teoria dos economistas clássicos referente à flexibilidade dos salários no mercado de trabalho afirmava que a “culpa” dessa flexibilidade era dos empregados, que relutavam temporariamente em trabalhar devido à queda dos salários.
Essa teoria, nos dias de hoje, seria difícil de ser sustentada, pois, é difícil supor que um pai de família frente a uma recessão relute em trabalhar mesmo com o salário mais baixo.
Os estudos dos economistas clássicos focavam em um período de longo prazo, não prevendo uma eventual situação de desequilíbrio, imaginando que não seria necessária a intervenção do governo porque as forças do mercado se ajustariam automaticamente. Para John Keynes, esses estudiosos clássicos, em virtude de sua preocupação de longo prazo, não previam o comportamento cíclico no curto prazo e assim ignoravam fenômenos de crises econômicas como, por exemplo, a Grande Depressão, em 1929.(VÍDEO NO CANAL)
Neutralidade da moeda
A constatação pelos economistas clássicos que a moeda era neutra foi uma das principais contribuições desses estudiosos para a economia mundial.
A neutralidade da moeda é a ideia de que uma mudança no estoque de moeda só afeta variáveis nominais da economia, como preços, salários, taxa de câmbio.
Eles consideravam que as atividades monetárias de uma economia, ou seja, a emissão de moeda por meio dos instrumentos à disposição das autoridades monetárias, como, por exemplo, o Banco Central, não influenciava, no longo prazo, as variáveis reais da economia, como o nível do produto do Produto Interno Bruto (PIB), o emprego, a taxa de juros real.
Eles acreditavam que esse aumento na emissão de moeda no longo prazo apenas geraria mais inflação, ou aumento de preços. No entendimento dos economistas clássicos a política monetária era um instrumento irrelevante, pois havia a crença da neutralidade da moeda. Porém, observamos hoje em dia que a política monetária é muito utilizada por todos os bancos centrais no mundo para realizar ajustes econômicos.
Para diferenciar a teoria dos economistas clássicos e keynesianos, podemos resumir que a escola clássica acreditava que salários e preços eram flexíveis e que, como resultado, o governo não deveria intervir na economia. Entretanto, Keynes acreditava que essa relação era contrária, pois a intervenção do governo era essencial para combater as crises de curto prazo utilizando para esse fim tanto a política fiscal quanto a monetária.
Vídeos citados:
Vida e Contribuições de Keynes
Fonte:
- Dicionário de Economia do Século XXI, Paulo Sandroni, 2014
- Livro Ciclos Econômicos, professor Wagner Dantas de Souza, 2018
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