Emissão de Moeda Mapa Mental

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em Maio 11, 2021

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Emissão de Moeda Mapa Mental

Mapa Mental Emissão de Moeda

Nesse Mapa Mental, eu apresento um resumo sobre a Emissão de Moeda, sua definição, um exemplo na política econômica e a visão de especialistas sobre esse tema, que também divide opiniões.

Mapa Mental Emissão de Moeda

Veja esse vídeo até o final para ver a explicação desse Mapa Mental completo.

Vídeo Mapa Mental Emissão de Moeda

No Brasil, o Banco Central tem, entre as suas responsabilidades, o gerenciamento do meio circulante, que nada mais é do que garantir, para a população, o fornecimento adequado de dinheiro em espécie.

O CMN, Conselho Monetário Nacional é quem autoriza a emissão de dinheiro no Brasil sempre buscando que a quantidade de dinheiro em circulação seja adequada às necessidades do país. A quantidade disponível deve ser suficiente para atender às necessidades dos consumidores e das empresas. O governo mantém a quantidade de cédulas e moedas aderente ao ritmo da economia.

Novas notas e moedas são colocadas em circulação conforme o crescimento do meio circulante (do dinheiro vivo) no país, acompanhando a evolução da economia, dos preços, as mudanças no comportamento da população e o aumento do volume de saques.

Histórico

O histórico brasileiro de emitir moeda nova como forma de se autofinanciar são traumáticos. O resultado era sempre o mesmo: forte inflação.

Durante as últimas décadas, a emissão de dinheiro virou carta fora do baralho. Em parte, devido à memória inflacionária brasileira, que permanecia rondando a economia.

A partir de março de 2020, a crise do coronavírus obrigou governos do mundo todo a injetar dinheiro não previsto em suas economias para evitar o colapso. Para o Brasil, esse gasto extra significou mais uma pressão no já difícil processo de ajuste das contas públicas.

O que é?

Emitir moeda não se trata de, literalmente, imprimir mais cédulas. “Basicamente, expandir a oferta de moeda significa o Bacen adotar uma política monetária bem expansionista”, resume Gustavo Loyola, sócio da consultoria Tendências, que comandou a autoridade monetária durante as gestões dos ex-presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso.

Em partes, isso já foi feito por meio da redução intensa da taxa básica de juros, a Selic. Com juros mais baixos, o crédito fica mais barato e pessoas e empresas são estimuladas a tomar mais empréstimos, o que aumenta a quantidade de dinheiro em circulação, a chamada base monetária.

Outra medida nesse sentido, também já posta em prática, é a redução do depósito compulsório, espécie de colchão de recursos que os bancos precisam obrigatoriamente manter junto ao Bacen. Quando esses depósitos ficam menores, sobra mais dinheiro para eles emprestarem.

Em situações de extrema fraqueza econômica, cortar juros e reduzir compulsórios pode não ser suficiente. Para ampliar ainda mais a base monetária, o Banco Central pode também comprar títulos públicos e privados (neste último caso apenas no mercado secundário, ou seja, não diretamente das empresas, mas de bancos ou fundos que os detenham).

Esse instrumento é chamado de quantitative easing (QE, ou afrouxamento quantitativo) e é usado por bancos centrais de países como os Estados Unidos e o Japão desde o estouro da crise financeira de 2008. No Brasil, porém, o Bacen só foi autorizado a fazer a operação, depois da promulgação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento de Guerra, no início do mês de junho/20.

Até então, o Banco Central era proibido por lei de financiar o Tesouro e só podia comprar e vender títulos públicos com o objetivo de regular a oferta de moeda e a taxa Selic.

Opiniões 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu, pela primeira vez, em abril de 2020, que o Banco Central poderia emitir moeda para conter a crise.

“Imprimir dinheiro” para financiar o governo foi defendido, por exemplo, pelo ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Bacen Henrique Meirelles, que apostou na expansão da base monetária por meio da redução dos juros.

As opiniões ainda ficaram divididas.

Margarida Gutierrez, economista do grupo de conjuntura da UFRJ e professora do COPPEAD, afirmou que, em um momento de estresse no mercado financeiro, a emissão de moeda faz sentido.

Já o professor Orlando Assunção Fernandes, da FAAP de São Paulo, acredita que a emissão de moedas deveria ser “a última medida” pensada pelo governo.

Para Cleveland Prates, professor da FGV e sócio-diretor da Microanalysis Consultoria Econômica, o cenário econômico em meio a pandemia é tão cheio de incertezas que é difícil prever o impacto das políticas monetárias.

Colocar mais moeda na economia, independente de como isso seja feito, gera risco de aumento da inflação. A lógica é simples: com mais recursos nas mãos dos consumidores, a demanda por bens e serviços pode crescer mais rápido do que a oferta e, assim, provocar alta nos preços.

Ilan Goldfajn, presidente do conselho do banco Credit Suisse no Brasil e ex-presidente do BC no governo Temer, prega cautela diante da possibilidade de “imprimir dinheiro” e explica que, ainda que por meio do afrouxamento quantitativo, e não da emissão de títulos públicos, injetar recursos na economia, no fim, significa aumentar a dívida do governo.

Em abril de 2021, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,93% em março, acima da taxa de 0,86% registrada em fevereiro. Com essa aceleração, o indicador acumulado em 12 meses estourou o teto da meta do governo para a inflação no ano, algo que não acontecia há quatro anos. É o que apontam os dados divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de 0,93% “é o maior resultado para um mês de março desde 2015, quando foi registrada inflação de 1,32%”, destacou o IBGE.

Fonte:

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