A Crise de 2008 ou também chamada de Recessão.
Apresentarei esse resumo em Mapa Mental, de uma parte do livro de Olivier Blanchard que fala sobre a crise global de 2008.
Veja esse vídeo até o final para ver a explicação desse Mapa Mental completo.
Economia em Dez/2007
Blanchard comenta que quando estava escrevendo a 5ª edição do seu livro, Macroeconomia, em dezembro de 2007, já existiam indícios de que a economia norte-americana estava desacelerando. O crescimento previsto para aquele mesmo ano era de 2,1%, bastante abaixo da média. O preço das moradias estava em queda há um ano e a construção destas já havia diminuído consideravelmente. Os economistas estavam divididos com relação às perspectivas da economia econômica no curto prazo. Os otimistas argumentavam que, ainda que o preço das moradias continuasse a cair, o Fed poderia contrabalancear o efeito sobre a demanda e a produção por meio da diminuição das taxas de juros.
Os pessimistas, por sua vez, achavam que a diminuição da demanda poderia ser muito forte para que o Fed conseguisse contrabalançá-la e que os Estados Unidos acabariam entrando em recessão.
Dadas as circunstâncias, até mesmo os pessimistas foram otimistas demais.
Anos 2008 e 2009
- Em 2008 e 2009, o mundo passou por uma recessão global, a mais grave desde a Grande Depressão, na Segunda Guerra Mundial, que expliquei no vídeo anterior. Caso vc não tenha visto, deixo o link na descrição desse vídeo.
- O estopim para a crise foi a queda do preço de residências nos Estados Unidos. Os preços haviam subido acentuadamente desde o início da década de 2000, e começaram a cair em 2006. À medida que isso ocorria, muitos proprietários de imóveis, em especial os que tomaram hipotecas muito altas em relação ao valor da moradia, ficaram inadimplentes, e muitos bancos e credores hipotecários experimentaram perdas substanciais.
- As perdas em si foram pequenas em relação ao tamanho do sistema financeiro, ou ao tamanho da economia norte-americana. Seus efeitos, entretanto, foram amplificados por três mecanismos: alavancagem, complexidade e liquidez.
Década de 2000
- Durante a década de 2000, aconteceram três importantes desenvolvimentos. Primeiro, os bancos diminuíram a quantidade de capital que reservavam em função dos ativos que mantinham. Com isso, aumentaram sua alavancagem. Segundo, em vez de manterem empréstimos comuns e hipotecas-padrão, os bancos retinham ativos cada vez mais complexos, cujo valor era difícil de avaliar. Terceiro, os bancos começaram a se financiar não através de depósitos, mas por meio de empréstimos de curto prazo tomados em mercados financeiros.
- Combinados, esses três mecanismos criaram uma crise financeira grave. A alta alavancagem fazia com que mesmo as pequenas perdas com hipotecas pudessem se tornar maiores do que o capital dos bancos e levá-los à inadimplência.
Dada a complexidade dos ativos no balanço contábil, e a dificuldade de avaliar se o banco era ou não solvente, os bancos acharam difícil, senão impossível, obter empréstimos no curto prazo. Para aumentar o capital e pagar os credores, os bancos tiveram de vender ativos que, dada a complexidade, tiveram de ser vendidos a preços muito baixos. Isso levou os bancos a perdas adicionais, e assim sucessivamente, que conduziu a uma crise financeira completa.
2008 – A Crise
- No outono norte-americano de 2008, a crise financeira se transformou em uma crise econômica mundial. Nos Estados Unidos, e na maior parte dos países desenvolvidos, o sistema financeiro congelou e ficou difícil tomar empréstimos, exceto a taxas de juros muito altas. Além disso, consumidores e empresas ficaram preocupados diante da possibilidade de outra Grande Depressão. Os gastos com consumo e investimentos foram interrompidos e, assim, causaram uma acentuada queda na produção.
- A crise rapidamente se estendeu sobre o restante do mundo. Os países foram afetados tanto pela forte queda nas exportações quanto pela intensa reversão nos fluxos de capital. A baixa demanda por exportações e as altas taxas de empréstimo levaram a quedas na produção de quase todos os países do mundo.
Medidas
- Os formuladores de política econômica responderam de forma agressiva à crise. Nos Estados Unidos, as taxas de juros do interbancário rapidamente chegaram próximo de zero. Juntos, o Fed e o Tesouro tomaram muitas medidas para prevenir o colapso do sistema financeiro.
Tais medidas incluíram a garantia de algumas dívidas bancárias, a oferta de fundos aos bancos que precisassem, o aumento do capital bancário e a compra dos ativos que os credores particulares não desejassem. Um forte estímulo fiscal foi posto em prática, com redução de impostos e aumento nos gastos. Medidas semelhantes também foram tomadas em outros países.
2010 – Recuperação
Somente em 2010, o crescimento tornou-se positivo na maioria dos países, mas a recuperação ainda foi lenta e o desemprego permaneceu alto por algum tempo.
Os formuladores de política, entretanto, enfrentam inúmeros desafios. Primeiro, garantir que a recuperação se mantenha. Segundo, reduzir os déficits fiscais e limitar o aumento da dívida do governo. Terceiro, redesenhar a regulação do sistema financeiro.
Fonte: Livro Macroeconomia, Olivier Blanchard, 5a Edição
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