Curva de Phillips

Tempo de leitura: 7 min

em Março 8, 2021

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Curva de Phillips

Mapa Mental 48/100 – Curva de Phillips

Você sabe o que é a Curva de Phillips?

Nesse Mapa Mental, apresento o que é a Curva de Phillips e sua evolução ao longo do tempo.

Mapa Mental Curva de Phillips

Para visualizar melhor a explicação desse Mapa Mental, veja o vídeo:

Vídeo Mapa Mental Curva de Phillips

A Curva de Phillips é uma representação gráfica de uma regularidade estatística, encontrada em 1958 pelo professor Phillips ao estudar a economia inglesa entre 1861 e 1957. A curva indicaria a existência de uma relação inversamente proporcional entre o nível de desemprego e a taxa de variação dos salários monetários.

Phillips não apenas observou a existência dessa relação no caso inglês, como também concluiu que ela era consideravelmente estável durante um período de quase cem anos. Economistas como Paul Samuelson realizaram estudos semelhantes para os Estados Unidos, encontrando as mesmas tendências, embora bem menos conclusivas do que as de Phillips. Do ponto de vista da política econômica, a Curva de Phillips mostra que em muitos casos a redução do desemprego implica elevação dos salários monetários e, portanto, inflação; ou, ao contrário, uma política de combate à inflação (redução dos salários monetários) significa aumento da taxa de desemprego.

Em macroeconomia, diz-se que a curva de Phillips representa um conflito de escolha, ou seja, um trade-off, entre inflação e desemprego.

O termo Trade Off, refere-se à quando uma escolha representa determinado custo de oportunidade, que é tudo que eu perco ou deixo de ganhar na segunda melhor utilização possível do meu recurso. Ou seja, ao optar por uma determinada situação eu perco ou deixo de ganhar uma outra posição qualquer.

Para lembrar o conceito de inflação e desemprego, você pode ver os vídeos que já estão disponíveis no canal, deixarei o link aqui ou aparecera um card pra você ver.

Como indica o título do trabalho original produzido pelo professor Phillips, na época ele estudou a variação do salário nominal a partir da análise do nível de inflação, compilando dados das duas variáveis, inflação e desemprego no curto
prazo, entre 1861 até 1957.

A curva de Phillips do final da década de 1950, pode ser considerada uma teoria econômica, foi utilizada como ferramenta para a tomada de decisões em políticas
macroeconômicas da época.

Curva de Phillips

Nesse gráfico verificamos que quando o desemprego (U), aumenta, ou seja, se afasta da sua taxa natural (Un), a taxa de crescimento dos salários nominais diminui uma vez que a oferta de mão de obra aumenta. Por outro lado, quando o desemprego cair abaixo da sua taxa natural, a economia observará um aumento no nível médio dos salários.

Em virtude das especificidades das economias em que foi aplicada, a referida teoria foi, ao longo do tempo, bastante modificada, sofrendo, assim, alguns ajustes.

Na década de 1960, por exemplo, os economistas, Paul Samuelson e Robert Solow, ganhadores do prêmio Nobel de Economia no ano de 1970 e 1987, respectivamente, aplicaram a descoberta de Phillips à economia americana.
Entretanto, esses economistas substituíram a taxa de variação dos salários nominais pela taxa de inflação. Na época conseguiram argumentos favoráveis para representar como iguais a variação nominal dos salários e a taxa de variação
da inflação (πt). Entretanto, há críticas sobre essa igualdade, uma vez que pode ocorrer uma relação não linear entre o nível de salário e inflação na realidade.

A partir das contribuições de Samuelson e Solow, o que antes era apenas uma correlação entre variáveis recebe então o nome de curva de Phillips, que passa a ser considerada a pedra fundamental na decisão de políticas macroeconômicas das autoridades governamentais. Como exemplo podemos citar a decisão do governo em optar por uma taxa de inflação um pouco mais elevada na economia, ou seja, um estímulo por meio da política fiscal expansionista, que teria como consequência a queda do desemprego.

No entanto, na década de 1970, a aplicação da teoria Phillips para estudos realistas ou empíricos não funcionou, uma vez que nesse período a relação entre desemprego e inflação foi positiva contrariando a teoria. Portanto, a relação entre as variáveis não era estável e mudava de país para país (BLANCHARD, 2013).

A relação inversa entre inflação e desemprego é estável no curto prazo, contudo, não se sustenta no Longo Prazo (LP) porque outras variáveis econômicas influenciam tanto o desemprego como a própria inflação.

Agora vamos fechar esse vídeo com alguns pontos que foram listados como resumo do capítulo que trará sobre a curva de Phillips do livro de Olivier Blanchard

Resumindo:

. A relação de oferta agregada pode ser expressa como uma relação entre inflação, inflação esperada e desemprego. Dado o desemprego, uma inflação esperada maior leva a uma inflação maior. Dada a inflação esperada, um desemprego maior leva a uma inflação menor.

. Quando a inflação não é muito persistente, a inflação esperada não possui grande dependência da inflação passada. Assim, a relação de oferta agregada torna-se uma relação entre inflação e desemprego. Foi isso que Phillips, no Reino Unido, e Solow e Samuelson, nos Estados Unidos, descobriram quando examinaram, no final da década de 1950, o comportamento conjunto do desemprego e da inflação.

. À medida que a inflação tornou-se mais persistente, nas décadas de 1970 e 1980, as expectativas de inflação passaram a se basear cada vez mais na inflação passada. Atualmente, nos Estados Unidos, a relação de oferta agregada toma a forma de uma relação entre o desemprego e a variação da inflação. O desemprego alto leva a uma inflação decrescente; o desemprego baixo leva a uma inflação crescente.

. A taxa natural de desemprego é a taxa de desemprego em que a taxa de inflação permanece constante. Quando a taxa de desemprego efetivo ultrapassa a taxa natural de desemprego, a taxa de inflação diminui/ quando a taxa de desemprego efetivo é menor do que a taxa natural de desemprego, a taxa de inflação aumenta.

. A taxa natural de desemprego depende de muitos fatores, que diferem de um país para outro e podem variar ao longo do tempo. A taxa natural de desemprego varia entre países. É muito mais alta na Europa do que NOS Estados Unidos. A taxa natural de desemprego também varia ao longo do tempo. Na Europa, ª,’ºªxª natural de desemprego aumentou muito desde a década de 1960. Nos Estados Unidos, a taxa natural de desemprego aumentou em 1% a 2% da década de 1960 à década de 1980, e parece ter diminuído desde então.

. As mudanças no modo como a taxa de inflação varia ao longo do tempo afetam o modo como os fixadores de salários formam expectativas e também afetam a extensão em que utilizam a indexação de salários. Quando a indexação de salários está amplamente disseminada, pequenas mudanças no desemprego podem levar a variações muito grandes da inflação. Com altas taxas de inflação, a relação entre inflação e desemprego desaparece completamente.

. A taxas de inflação muito baixas ou negativas, a relação da curva de Phillips parece enfraquecer. Durante a Grande Depressão, mesmo o desemprego muito alto levou apenas a uma deflação limitada. Essa questão é importante, pois muitos países têm inflação baixa atualmente.

Fonte:

  • Livro Macroeconomia, Olivier Blanchard, 5a Edição
  • Livro Macroeconomia, professor Wagner Dantas de Souza, 2014
  • Dicionário Economia do Século XXI, Paulo Sandroni, 2014

Vídeos relacionados:

O que é Inflação

Desemprego (Mercado de Trabalho 2020)

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