Livre Comércio e Vocação Industrial: Industrialização do Brasil
Esse Mapa Mental é um resumo do artigo “A construção do modelo industrialista brasileiro“, de Amado Luiz Cervo, para que possamos entender mais sobre sobre dois fatores que marcam o início das ações para a industrialização do Brasil, como o livre mercado e a vocação industrial.
Esse é o Mapa Mental número 86, dos que foram criados no computador com o XMind 8 e compartilhados no canal do YouTube.
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Veja esse vídeo até o final para ver a explicação desse Mapa Mental completo.
Industrialização do Brasil
A história do desenvolvimento econômico do Brasil até o momento em que houve a implantação da indústria, é marcada por uma série de acontecimentos que envolvem instabilidades e interações internacionais.
Inicialmente, podemos elencar dois fatores que marcam o início de ações que conduziriam o país à industrialização, como o livre mercado e a vocação industrial. Logo, em 1808, quando Dom João decidiu abrir os portos para as exportações e estimular a instalação das fábricas, o impulso ao progresso foi dado.
Ao abrir os portos às nações amigas, com a Carta Régia, os incentivos do governo surtiram efeito, mas foi difícil resistir à pressão dos interesses ingleses, por isso, Dom João firmou o tratado do livre comércio de 1810, entre Brasil e Inglaterra.
Este tratado foi um freio à expansão da indústria brasileira em 1810 e gerou estragos ao impulso inicial, contendo a vocação industrial e a visão de abertura dos portos de 1808.
Mais tarde, em 1821, Nicolau Vergueiro escreveu um livro que usava a fábrica de ferro como exemplo de viabilidade para a criação de demais fábricas. Em seu livro, ele tinha como argumentos que os excedentes agrícolas deveriam ir para a indústria para haver um equilíbrio econômico.
Além de que o Estado deveria incentivar a indústria começando pela indústria de base, incentivando os outros ramos, criando escolas técnicas, promovendo aumento da oferta de trabalho e boa remuneração e provendo infraestrutura para baratear o preço dos produtos.
Em 1826, Cunha Matos criou o projeto de lei que definia que as encomendas públicas deveriam vir das fábricas nacionais e logo depois criou a Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional, que foi mais uma forma de incentivo.
Os tratados desiguais só expiraram em 1840, gerando a reivindicação de uma política do comércio exterior. Assim, assumiu-se a vocação industrial e um novo surto de industrialização nascia.
Com o tempo, a visão de que a indústria e a agricultura eram setores vitais e deveriam andar lado a lado, foi se tornando mais clara e em 1930 iniciou-se o processo de industrialização com abertura do processo produtivo.
A vocação industrial foi ganhando mais força e a era Vargas contribuiu para isso, com o desenvolvimento embasado em três etapas: a indústria de transformação, a indústria de base e tecnologias de terceira geração. Era uma era de modernização, com aumento do emprego, expansão da renda e políticas públicas.
Dentro deste cenário, as distorções vinham diante da instabilidade monetária, o protecionismo exagerado, a acomodação das indústrias à baixa produtividade e às desigualdades sociais não-resolvidas.
O governo de Juscelino Kubitschek também contribuiu para o desenvolvimento brasileiro nessa área com o seu Plano de Metas, que priorizava cinco áreas: energia, transporte, agricultura, indústria e educação. Com Ernesto Geisel houve a crise do petróleo e o II Plano de Desenvolvimento foi criado com foco no setor energético e na indústria de base.
Foi longo o período até se chegar à associação natural entre a agricultura e a indústria, o que pode ser visto como algo justificável para um país que nasceu como colônia servindo aos outros países como fonte de recursos, tendo a agricultura tão forte e enraizada na cultura.
Isso também nos mostra o quanto a história impactou todo o processo de desenvolvimento e crescimento do Brasil e ainda nos traz resquícios até os dias de hoje, precisando ser estudada desde os seus primórdios, passando pelo caminho da abertura dos mercados até se chegar à globalização.
Fonte:
- Artigo: CERVO, Amado Luiz. “A construção do modelo industrialista brasileiro”. DEP – Diplomacia Estratégia Política, n.10, p. 75-87, 2009. Acesso em: https://www.gov.br/funag/pt-br/ipri/arquivos-ipri/arquivos-publicacoes/portugues_10.pdf
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