Privatização

Tempo de leitura: 6 min

em Maio 4, 2021

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Privatização

Mapa Mental com um resumo sobre Privatização

Hoje eu vou apresentar um Mapa Mental com um resumo sobre Privatização, vamos entender mais detalhes e principalmente os prós e contras, já que este é um tema polêmico, não é mesmo?

Mapa Mental Privatização

Veja esse vídeo até o final para ver a explicação desse Mapa Mental completo.

Vídeo Mapa Mental Privatização

Privatização

Para Segundo o dicionário de Economia do Século XXI, do professor Paulo Sandroni, privatização é a aquisição ou incorporação de uma companhia ou empresa pública por uma empresa privada. A privatização de uma empresa ocorre na maioria das vezes:

1) quando ela passa a apresentar lucros a curto ou médio prazo, após a maturação do investimento pioneiro feito pelo Estado, tornando-se então um empreendimento atraente para a empresa privada;

2) após um trabalho saneador do Estado, quando se trata de empresa falida absorvida pelo Poder Público.

No Brasil, as privatizações tiveram início na década de 1980, após a grande expansão da atividade empresarial do Estado ocorrida na década anterior. Com as dificuldades de financiamento de suas necessidades e o aumento de dívida interna e os sucessivos déficits públicos, foi criado durante o governo Collor o Programa Nacional de Desestatização destinado a promover a privatização das empresas estatais. Esse programa foi intensificado durante o governo Itamar Franco de outubro de 1992 a dezembro de 1994 e acelerado durante o primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, de janeiro de 1995 a dezembro de 1998. O programa Nacional de Desestatização privatizou todo o sistema siderúrgico (começando pela Usiminas), a Companhia Vale do Rio Doce, grande parte das energéticas do sistema Eletrobrás e as empresas do sistema Telebrás.

A presença de empresas estatais em nossa economia acontece desde o período colonial.

Mas quais são os motivos para as empresas serem estatais ou privadas?

Vamos iniciar pensando sobre os motivos de serem estatais:
• para manter sob controle público setores estratégicos da economia;
• defender o nacionalismo econômico, o protecionismo, os investimentos públicos em infraestrutura e a criação de monopólios públicos.

Em 1940, havia no Brasil cerca de 20 empresas estatais. Esse número pula para 268 em 1979. Com o agravamento das condições econômicas a partir de 1980, o governo brasileiro inicia o processo de privatização, que se mostra mais
dinâmico na década de 90.

Quais são as razões alegadas para se iniciar um processo de privatização?

a. Ineficiência das empresas públicas, decretada pela baixa qualidade dos serviços e/ou pela existência de déficit financeiro nas empresas estatais;
b. Diminuição da capacidade estatal em fazer os investimentos necessários à manutenção e da ampliação dos serviços e atualização tecnológica das empresas; c. Qualidade dos serviços prestados,
d. Necessidade de gerar receitas para abater a elevada dívida estatal;

Vale a pena privatizar?

Privatizar realmente gera bons resultados para o país? Ou o Estado deveria continuar controlando áreas estratégicas como serviços de água, luz, petróleo, mineração, entre outros?

Esse tema é controverso.

Então, vamos falar dos Prós e contras da privatização:

PRÓS

Para os defensores, Sim, privatizar é necessário 

Para que Estado brasileiro consiga sanar suas contas e otimize sua atuação

Estado não é capaz de gerir tudo – muito pelo contrário, é bastante ineficiente em gerir a maior parte de seus recursos,

A iniciativa privada, por sua vez, seria muito mais eficiente na gestão das empresas e dos recursos. Isso se comprova, segundo os defensores das privatizações, pelos bons resultados obtidos em privatizações feitas nas últimas décadas.

O serviço de telefonia teve um salto de qualidade após a privatização da Telebras e a entrada de investidores privados no mercado; a energia elétrica foi universalizada nos últimos anos, após várias privatizações;

Por fim, os favoráveis às privatizações afirmam que as estatais são fonte de corrupção e têm seu desempenho prejudicado por negociatas políticas.

INDEPENDÊNCIA POLÍTICA – Em empresas públicas, é comum ver cargos de confiança serem usados como troca de favores, ocupados por pessoas ligadas aos governantes ou a partidos específicos. Em empresas privadas isso, em tese, não acontece

DESBUROCRATIZAÇÃO – Empresas privadas não precisam abrir editais, que levam tempo e custam dinheiro, para contratação de funcionários ou serviços. Apenas abrem um processo seletivo e contratam os melhores candidatos

EFICIÊNCIA – Quando há prejuízo, o governo recorre ao Tesouro Nacional para alavancar a empresa com dinheiro público. Empresas privadas, apesar de eventuais benefícios oferecidos pelo Estado, precisam andar sozinhas

CONTRAS

Para quem pensa que Não, que privatizar não é o caminho

O pressuposto fundamental que sustenta a ideia de privatizações é em relação à gestão de seus recursos, que afirma que empresa privada é mais eficiente do que o Estado. Quem é contrário à privatização considerado isso um mito.

Além disso, os críticos apontam que as privatizações feitas na década de 90 foram mal conduzidas, significando na prática uma “doação” de empresas públicas a grupos privados – normalmente grupos “amigos” dos governantes que conduzem as privatizações.

Muitas das vendas também foram subsidiadas com dinheiro público, em forma de financiamentos do BNDES, prática também muito criticada. Existem, por fim, acusações graves de corrupção envolvendo os processos de privatização.

A defesa feita contra as privatizações é que o Estado não pode abdicar da participação em setores da economia que são de interesse público fundamental, sob o risco de privar a população carente de receber recursos básicos, como água, energia elétrica, entre outros.

DESEMPREGO – Uma das primeiras soluções para reequilibrar as contas após a privatização é oferecer um programa de demissão voluntária. Cortam-se cargos, aumenta-se o lucro. E há ainda um aumento de funcionários terceirizados, que custam menos aos empregadores

CUSTO PARA O CONSUMIDOR – Todo investimento feito por empresas públicas vem de um lugar: da arrecadação de impostos. Com empresas privadas, os custos dos serviços prestados tendem a aumentar. E você continua pagando taxas ao governo

MENOS SERVIÇOS PARA A POPULAÇÃO – Empresas públicas devem ter o objetivo de universalizar os serviços. Por exemplo, levar eletricidade a todos os pontos do país para fomentar o desenvolvimento da região. Empresas privadas tendem a investir apenas onde há certeza de lucro

Fonte:

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